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20 de Abril de 2024
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    Confirmada inconstitucionalidade de contribuição previdenciária de inativos durante EC 20/98

    há 14 anos

    É pacífica a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que é inconstitucional a lei, editada sob a égide da Emenda Constitucional nº 20/98, que prevê a incidência de contribuição previdenciária sobre os proventos dos servidores públicos inativos e respectivos pensionistas. Com esse argumento, apresentado em Plenário pelo ministro Dias Toffoli, o Supremo julgou procedentes duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que chegaram à Corte em 2000 para questionar legislação do estado do Paraná que teria instituído contribuição previdenciária para inativos e pensionistas.

    ADI 2189

    A ADI 2189 foi ajuizada na Corte pela Procuradoria-Geral da República para questionar expressões constantes da Lei 12.398/98, do Paraná, que tratavam da cob (PGR) rança. Segundo a PGR, tais dispositivos, que determinaram expressamente o pagamento de contribuição previdenciária sobre proventos e pensões de servidores do Estado do Paraná, seriam inconstitucionais. A partir da Emenda Constitucional nº 20/98, ficou vedada a instituição de cobrança previdenciária sobre proventos, aposentadorias e pensões, argumentou a PGR.

    Quanto a essa ação, a decisão da Corte foi unânime, pela inconstitucionalidade de todos os dispositivos questionados pela PGR.

    ADI 2158

    Já a ADI 2158 foi ajuizada no Supremo pela Associação dos Magistrados Brasileiros para questionar a mesma Lei 12.038/98, do Paraná, e ainda o Decreto nº 721/99, editado para regulamentar a lei. Os dispositivos questionados, sustentou a AMB, teriam criado um serviço autônomo, denominado Paraná Previdência, por meio do qual todos os magistrados, aposentados e pensionistas de magistrados, foram obrigados a contribuir para essa nova entidade previdenciária.

    Da mesma forma que a PGR, a associação dos magistrados sustentou nessa ADI que, após a redação dada pela EC nº 20/98, passou a ser considerada inconstitucional a instituição da cobrança previdenciária em questão.

    Na ADI 2158 , a decisão foi pela procedência parcial, uma vez que dois dispositivos questionados não foram declarados inconstitucionais por Dias Toffoli. O ministro decidiu aplicar, quanto a esses dois pontos específicos artigo 69, inciso I, da Lei 12.398/98 e artigo 7º do Decreto 721/99 , a técnica da declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto.

    Os ministros Março Aurélio e Ayres Britto divergiram do relator apenas quanto à declaração de inconstitucionalidade do Decreto 721/99. Para os dois, não cabe o controle de constitucionalidade de atos regulamentares, como é o caso dessa norma.

    As normas não vigoravam desde 2000, tendo em vista que o STF concedeu, naquele ano, medidas cautelares nas duas ações para suspender as leis questionadas.

    MB/CG

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    2 Comentários

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    São muitas decisões com materias diferentes e confusas, não temos uma certeza sobre as datas das decisões. As contribuinções previdenciarias dos inativos e pensionistas não tem um desfecho definitivo, no meu entender, o tratamento deveria ser igual para todos, acho inoportuno essa discriminação de uns não descontar, simplesmente pq ganham menos, seria divergencia de direitos, ou a lei não vigora pra todos?. continuar lendo

    A cobrança de contribuição previdenciária de inativos que vigora, é o percentual de 14 % sobre a diferença do salário e o teto do INSS; a contribuição, com a EC 103/19, incide sobre o valor do salário ainda que acima do teto...; é constitucional servidor já aposentado que já contribuiu por anos e adquiriu direitos ser taxado sobre valores que já contribuiu? continuar lendo